sábado, 31 de março de 2018

Espiritualidade, Educação e Saúde: tríade para uma cultura de paz!


Há algum tempo, na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, cerca de 400 pessoas ouviram a palestra do Lama Padma Samten “Espiritualidade, Educação e Saúde”, aqui teço algumas das minhas especulações em diálogo com a palestra do Lama Samten.
Então, lá tive uma sensação estranha, de já ter conhecimento de tudo que foi dito, mas ao que me parece, estava oculto em algum recôndito do meu ser, não que isso me torne uma pessoa diferente, especial... Isso todos nós somos, em decorrência de sermos únicos. A questão é exatamente outra: esta sensação de déjà vu me fez perceber que todas essas informações estão e sempre estiveram, armazenadas em meu organismo, seja ele físico, biológico, social, etéreo, espiritual. Parece que guardamos um conhecimento universal que transcende inclusive aos conhecimentos terrestres.
Estamos todos conectados e influenciando e influenciados pelos sonhos, desejos, expectativas e perspectivas nossas e do outro. E segundo o Lama Samten, o desenvolvimento da espiritualidade pode 

“[...] gerar autonomia da energia, ultrapassar os condicionamentos internos e entender essa vida interna que está além dessas denominações, desses impulsos. Se a gente não descobrir isso, nós vamos viver a nossa vida inteira simplesmente repercutindo impulsos condicionados que funcionam por um tempo e vão sendo abandonados por outros… Isso é um super desperdício pessoal. Talvez não valha a comida que a gente coma, que também não é pouca e envolve muitas vidas.”

Assim amigos, desenvolver a espiritualidade no contexto pessoal afeta diretamente a nossa qualidade de vida,  o aumento da nossa consciência e a ampliação da plenitude de nossas experiências cotidiana, seja por meio do olhar da ciência, da inteligência espiritual, da filosofia, da cognição, do metabolismo e do funcionamento cerebral, haja vista existe uma rede onde todos nós estamos mutuamente imbricados, e sendo continuamente impulsionados para o descobrimento, o desvendamento do caminho que pode conduzir a saúde, a felicidade, a paz planetária e, por conseguinte, a espiritualidade.
Do mesmo modo, é a meditação, “[...] eu tenho que parar livre e olhar o que está na frente, despido do que eu tenho dentro. Esse é o treinamento.” Pois não podemos esquecer que todos “Nós estamos no samsara, onde nós olhamos para as coisas e elas parecem uma coisa, mas elas são outra. A gente não vê a profundidade das coisas, a gente vê a superficialidade delas.”
Por isso, a capacidade de entender “o outro no mundo do outro” é fundamental para que as nossas relações (inter e intra) pessoais melhorem. Para entendermos o que significa olhar o outro no mundo do outro, Lama Samten nos ensina: “[...] nós precisamos ter alguma experiência de distanciamento dessas estruturas internas que pensamos que somos nós mesmos, mas não são nós mesmos. São estruturas internas.”
Por exemplo, “[...] nós estamos sempre olhando para as coisas para ver se alguma coisa brilha mais e nós nos alegramos. A nossa energia está totalmente dependente das experiências de olhos, ouvidos, nariz, língua, tato e mente abstrata.”
Assim, é preciso percebermos e ficarmos atentos que “[...] O protagonismo é da mente”. Mas, é natural que automaticamente, cotidianamente executemos nossas atividades ao contrário. Pois, quando a gente fica insatisfeito com algo, tudo empalidece e perde o sentido. Daí devemos entender que “Não há avanço contínuo, apenas por saltos.”

E então, depois destas reflexões, o que te move?

Pessoal, essa é a nossa aventura!!!

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