sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Por que Eu Sou! Eu Sou!


Nos últimos tempos por aqui, vivendo momentos de solitude, de autoamor, autocuidado, maior conexão com as energias cósmicas, um vínculo forte com meus mentores, o olhar para dentro me preparando, não sei por que,.. mas sei que é para viver algo muito bacana e legítimo.

Por isso escolhi mudar de profissão, buscar o novo, trocar energias, sinto que tenho algo a fazer, que vai me permitir colocar em prática tudo o que me tornou o que sou/estou hoje. 

Gosto do silêncio, aprecio o olhar para dentro, converso comigo, me coloco diante dos desafios, como se fosse o que falta eu fazer, antes de não mais existir!

Vejam bem, claro que não sou ponta de lança, aprendi a ter cuidado, domei instintos primitivos, mas, conservei alguns outros, porém, salutares!

Vejo minha face no espelho hoje, para além de Narciso, desnuda,  plena, marcada pelo sopro do tempo, ele representa a verdade em mim! Ele representa o olhar para, entre e através de mim, onde vejo todas as manifestações das dores e das alegrias que tive, e que hoje, vejo-as, algumas em brotos, outras em plena floração,  há ainda as que se desprendem com o vento e polinizam em outras paragens.. tudo é vida, tudo é movimento, tudo pulsa, tudo é renovo, tudo Sou Eu, por que Eu Sou! Eu Sou!

Não há nada para fazer além de ser, não há lugar nenhum aonde ir além de estar, meu silêncio interior permeia em tudo que eu faço isso é muito Eu!  Por que Eu Sou! Eu Sou!

O silêncio me conecta com o Universo, seja na árvore, no rio, no mar, na Lua que me emociona quando cheia de luz, ao encher minhas noites perscrutantes, onde minha mente repousa, as vezes em silêncio,  as vezes pulsante.. no mesmo com(passo), talvez, do pulsar do Universo!

E é nesta vibração que nos conectamos e nos tornamos!

Então, o que te faz olhar para dentro? 

O que te move para este olhar?

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Solitude Contemplativa!


A voz de uma mente inquieta sussurrou: 
"- Este ano o silêncio tem sido meu maior companheiro". 
E entre um instante e outro continuava seu sussurro: 
"- Difícil encontrar palavras ou respostas para as situações, e principalmente, pensamentos que tem sido incógnita já há algum tempo. Minha vida me parece fugir do controle!"
Continuei imóvel e com os ouvidos atentos: 
"-  Tenho algum entendimento sobre algumas questões que envolvem o viver pleno, saborear os momentos e se entregar a eles. O fato é que esta percepção me despertou um olhar interior ainda mais profundo, um olhar que procura enxergar um outro lado da vida, uma necessidade de maior recolhimento, de mais reflexão... Um olhar sobre uma leitura silenciosa da vida".
Muito bem meus amigos, hoje inicio este blog com esta temática para compartilhar experiências e sentimentos que possam ser uteis a quem por ventura se encontre aqui... 
Esta situação me deixou em um estado de ‘solitude contemplativa’!...  Me lançou em um tempo para crescer! Poder vivenciar cada vez mais, novas experiências! E poder experienciar cada vez mais novas vivências! 
Esta  escuta atenta me trouxe um momento de crescimento interior, de potencialização de forças, em que procuro nas experiências, um reencontro Comigo e com a Unidade.
Penso sobre o quanto trabalhamos, vivemos na correria do dia a dia, assumimos tantos compromissos, tropeçamos em nós, nos outros e nos furtamos de momentos que poderiam ser infinitamente grandiosos em amor e amizade sincera, tudo que vivemos é tão frágil, tão efêmero e parecemos nem nos incomodar com isso, porque estamos sempre no passado ou no futuro, adormecemos nosso presente...
A verdade é que nunca paramos. Nunca dedicamos tempo para 'pequenas coisas',... E compreendo que são elas que nos oferecem sentido e alimento para alma, deixamos escapar pequenos detalhes em nós e em nossos queridos, nos conectamos apenas com o ‘corre corre’ da vida... Sempre sobrepomos metas e desafios e esquecemos, algumas vezes, de apreciar as transformações que ocorrem ao nosso redor, em nosso corpo, em nossa casa, em nossa alma e no outro.
Bem, para uma mente inquieta, inquietar-se sempre é normal? O que vocês se questionariam?... Apenas mais um passo dado e uma etapa concluída? Talvez, sentir-se plena e realizada com alguma conquista que proporcione uma sensação muito agradável? Voar mais alto, cada vez mais? Atingir suas metas para perceber a sua diferença entre os outros?
Infinitas questões podem surgir, cada um de nós é capaz o suficiente de apresentar razões que justifiquem nossas dúvidas, carências e querências... Quem sabe uma delas poderia ser até a de encontrar uma formula para um mundo melhor? Um pouco arrogante?... Mas é assim que pensamos na maioria das vezes e nunca agimos, afinal, somos humanos. Só que as coisas não são bem assim, para melhorarmos o mundo precisamos ser melhores conosco, com o outro, com o mundo. Tudo isso já sabemos, e copiamos os mesmos erros e replicamos estes erros no futuro de geração em geração. Nós precisamos entender que viver neste mundo é fazer uso dos recursos que ele nos oferece para o progresso do nosso espírito e, sobretudo, do bem-estar de todos. 
E qual seria a razão disso tudo? Como entendermos isto sem sermos arrogantes e pretensiosos em tentativas infrutíferas de constituir este mundo em um mundo melhor? Ah meus amigos! Eu ainda não sei como, mais desconfio que a resposta esteja na absoluta simplicidade das coisas e seres... Na simplicidade de estar presente, de ser, de ver, de sentir, de tocar, de perceber, de se permitir, e, sobretudo, de fazer parte. 
Meus amigos! Não sei se terão interesse neste tipo de leitura, só queria lhes dizer que mesmo vivendo este momento de ‘solitude contemplativa’ e recolhimento, eu estou aqui! Compartilhando!...

Então, depois desta leitura de hoje, o que te move?

sábado, 31 de março de 2018

Espiritualidade, Educação e Saúde: tríade para uma cultura de paz!


Há algum tempo, na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, cerca de 400 pessoas ouviram a palestra do Lama Padma Samten “Espiritualidade, Educação e Saúde”, aqui teço algumas das minhas especulações em diálogo com a palestra do Lama Samten.
Então, lá tive uma sensação estranha, de já ter conhecimento de tudo que foi dito, mas ao que me parece, estava oculto em algum recôndito do meu ser, não que isso me torne uma pessoa diferente, especial... Isso todos nós somos, em decorrência de sermos únicos. A questão é exatamente outra: esta sensação de déjà vu me fez perceber que todas essas informações estão e sempre estiveram, armazenadas em meu organismo, seja ele físico, biológico, social, etéreo, espiritual. Parece que guardamos um conhecimento universal que transcende inclusive aos conhecimentos terrestres.
Estamos todos conectados e influenciando e influenciados pelos sonhos, desejos, expectativas e perspectivas nossas e do outro. E segundo o Lama Samten, o desenvolvimento da espiritualidade pode 

“[...] gerar autonomia da energia, ultrapassar os condicionamentos internos e entender essa vida interna que está além dessas denominações, desses impulsos. Se a gente não descobrir isso, nós vamos viver a nossa vida inteira simplesmente repercutindo impulsos condicionados que funcionam por um tempo e vão sendo abandonados por outros… Isso é um super desperdício pessoal. Talvez não valha a comida que a gente coma, que também não é pouca e envolve muitas vidas.”

Assim amigos, desenvolver a espiritualidade no contexto pessoal afeta diretamente a nossa qualidade de vida,  o aumento da nossa consciência e a ampliação da plenitude de nossas experiências cotidiana, seja por meio do olhar da ciência, da inteligência espiritual, da filosofia, da cognição, do metabolismo e do funcionamento cerebral, haja vista existe uma rede onde todos nós estamos mutuamente imbricados, e sendo continuamente impulsionados para o descobrimento, o desvendamento do caminho que pode conduzir a saúde, a felicidade, a paz planetária e, por conseguinte, a espiritualidade.
Do mesmo modo, é a meditação, “[...] eu tenho que parar livre e olhar o que está na frente, despido do que eu tenho dentro. Esse é o treinamento.” Pois não podemos esquecer que todos “Nós estamos no samsara, onde nós olhamos para as coisas e elas parecem uma coisa, mas elas são outra. A gente não vê a profundidade das coisas, a gente vê a superficialidade delas.”
Por isso, a capacidade de entender “o outro no mundo do outro” é fundamental para que as nossas relações (inter e intra) pessoais melhorem. Para entendermos o que significa olhar o outro no mundo do outro, Lama Samten nos ensina: “[...] nós precisamos ter alguma experiência de distanciamento dessas estruturas internas que pensamos que somos nós mesmos, mas não são nós mesmos. São estruturas internas.”
Por exemplo, “[...] nós estamos sempre olhando para as coisas para ver se alguma coisa brilha mais e nós nos alegramos. A nossa energia está totalmente dependente das experiências de olhos, ouvidos, nariz, língua, tato e mente abstrata.”
Assim, é preciso percebermos e ficarmos atentos que “[...] O protagonismo é da mente”. Mas, é natural que automaticamente, cotidianamente executemos nossas atividades ao contrário. Pois, quando a gente fica insatisfeito com algo, tudo empalidece e perde o sentido. Daí devemos entender que “Não há avanço contínuo, apenas por saltos.”

E então, depois destas reflexões, o que te move?

Pessoal, essa é a nossa aventura!!!

domingo, 24 de maio de 2015

Os Sonhos Nutrem a Alma!



- Para onde vai sua mente quando você sonha? Faça seu corpo encontrar sua mente...

O que te faz seguir em frente quando todos dizem para não ir? Seja nos momentos de crises pessoais, tais como a morte súbita de um ser amado ou a descoberta de uma grave doença, ou ainda, perder sua casa, ou seu emprego, ou seu parceiro, ou sua parceira? Por que um passo a mais, se poderia parar? Será a necessidade de descobrir novos caminhos? Novos ideais? Novas convicções? Novas linguagens e culturas? Encontrar no presente um tempo que ficou no passado?
Não é tão simples sonhar. Pelo contrário, é sempre uma atitude bem arriscada... Sempre provoca grandes mudanças e requer cuidado consigo e com o outro. É necessário ainda, estabelecer um objetivo antes de partir para a ação. Ficar apenas imaginado quanto seria maravilhoso ver o seu sonho realizado, não vai ajudar muito. Planejar, organizar e cumprir com o roteiro proposto é que permitirá o sucesso que deseja.
Quando sonhamos com algo, fazemos uso de intensas energias que podem se tornar perigosas. Além do mais, chega um momento que esta intensidade não nos permite mais esconder de nós o verdadeiro sentido de nossas vidas.
Quando queremos algo, precisamos fazer escolhas, daí, temos um preço a pagar. Seguir um sonho tem preço, sabia?
Algumas vezes este preço exige que mudemos nossos velhos hábitos. Pode até nos trazer algumas dificuldades, ter decepções, ou ainda, provocar decepções, o que pode nos causar grande desanimo.
Mas, este preço, nunca é tão alto quanto o que é pago por quem jamais se permitiu viver o seu sonho, se entregar completamente, inteiramente. Muitos tentam sem sucesso. Não se dão conta que os velhos hábitos continuam a sustentar a rotina, por que não são capazes de permitirem-se novos hábitos.
Não façam como muitas pessoas que olham para trás e sempre frustradas e insatisfeitas com a própria vida, ouvem o seu próprio coração dizer: - Não posso mais desperdiçar minha vida, preciso viver!
Cuidado, isto pode se tornar um círculo vicioso...
O que importa é descobrir o que te faz sonhar? O que te faz seguir? O que te impulsiona viver?
- Porque o que fizermos na vida, embalará nosso sono e nossos sonhos para sempre... A vida não espera...

E então, qual o sonho que te move? 

domingo, 17 de maio de 2015

É preciso amar a vida!


Um dia desses recebi um e-mail de uma grande amiga:
“Querida, estou de volta desde ontem. Como havia dito, o estado de saúde de minha Santa Mãe, não estar nada bom, precisou ser internada e desde então o quadro se agrava. Ainda consegui ficar mais uma semana.
Enfim, cheguei ontem, coração partido, difícil ir embora numa situação dessas, antes de partir foi necessário levá-la para uti,  a função renal piorou muito, além disso, ela não consegue mais respirar por conta própria, continua lá por tempo indeterminado, muito líquido no pulmão. As visitas são limitadas, tive que partir... Voltar ao trabalho. Me reencaixar na rotina da vida difícil, diante da possibilidade de perdê-la!”
“Confesso que diante de mim, vi um lindo trapo de mulher que de tão bela e delicada que sempre foi (continua sendo), seus traços de envelhecimento ficaram ocultos numa vontade desesperada de viver até não suportar mais a atmosfera terrestre. Penso que minha Santa Mãe, tem nos educado sempre, e ainda hoje nos educa sobre o grande valor da vida e da fé, e que, em qualquer situação, vale a pena lutar por ambos. Percebi que Viver, para ela e outros poucos, é uma oportunidade dadivosa e um grande presente divino”. 
 “Penso que Mamãe não tem medo de nada! Quisera eu ter a coragem de lutar bravamente todos os segundos para conseguir apenas um gole de ar. Respirar, e ao abrir os olhos, ter alguém que lhe segure a mão e lhe sussurre ao ouvido. 'Eu estou aqui!' Só para esboçar aquele leve e cansado sorriso de amor! Só sei que Mamãe se despede aos poucos e com uma delicadeza tão grande, como a de quem não quer magoar os seus mais queridos amores!”

Li e reli estas palavras, e ainda hoje continuo neste exercício de leitura, talvez com um intuito de compreender este sentimento e com isso, encontrar uma reflexão apropriada para alguém tão especial.
Sei que o tempo é implacável, é preciso saber viver, saber sobreviver, saber envelhecer!... Como nos ensina Buda até hoje, “Tudo muda!”
Ah, e são muitas as transformações, no corpo, na mente! Como a vida, temos também a morte... Como a flor que desabrocha, temos o sorriso que ilumina, o sol que aquece, o silencio que fala, a voz que cala... E assim, precisamos aceitar a face que envelhece, a mão que enruga, o pensamento que amadurece, o corpo que endurece, a vida que encurta... Enfim, o passo cada vez mais lento, que representa uma vida inteira corrida, mas agora sem pressa, lentamente... Presente!
Bem sei que tudo passa, tudo corre, tudo morre... Porque a morte nos parece o fim? Além do mais, não acredito em mortes como sendo o fim, e sim um recomeço!?... E o que fica? Se não as lembranças de momentos inesquecíveis e felizes aprendizados que nos ligam para além da eternidade? Será que isto já não nos basta?
Deveria bastar, o lance é que não queremos ficar longe de quem amamos, pelo menos não tão longe! Tá, mas será tão longe assim? Francamente, eu não sei dizer.
Por isso, também penso que daqui a pouco, no tempo do Universo, sua linda Mãe vestirá outras roupagens ainda mais dignas de sua beleza celestial, e irá viver novas aventuras! A gente, por causa da ignorância, fica assim, vivendo velhas aventuras, por pura teimosia e medo.
O que precisamos fazer? 
Talvez... Seguir tocando os dias pela longa estrada, apreciando novos caminhares! Novos saberes, novos sabores!
Minha vontade neste momento é de continuar escrevendo e compartilhando este sentimento nutridor da alma. Mas, na verdade, preciso parar de escrever porque não consigo parar de escrever... Será que me entendem?? 

Então, o que me dizem, depois desta leitura?
O que te move?